Família de Brasília procura jovem desaparecida há 20 dias em Washington, nos EUA


Mãe de Manuela Cohen, de 17 anos, registrou boletim de ocorrência e relata falta de ação da polícia local. Reportagem tenta contato com Itamaraty e com polícia norte-americana. Família diz que Manuela Cohen está desaparecida há 20 dias nos EUA
Instagram/Reprodução
A brasiliense Manuela Cohen, de 17 anos, está desaparecida há 20 dias, de acordo com a família. A jovem e os pais, Bruno e Sofia, moram em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, há 6 anos.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 DF no WhatsApp.
Ao g1, a mãe de Manuela, Sofia Keller, contou que a filha saiu para dar uma volta, sozinha e sem celular, no dia 20 de novembro, por volta das 16h. Ela avisou ao pai que voltaria em breve, mas não retornou (veja detalhes mais abaixo). No mesmo dia, Sofia diz que abriu um boletim de ocorrência de desaparecimento, mas reclama da falta de ação da polícia local.
A reportagem tenta contato com o Itamaraty e com a polícia dos Estados Unidos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
“Eu senti muito descaso, principalmente no início. Com 10 dias já que ela estava desaparecida a gente mesmo já tinha conseguido informações que a polícia sequer tinha conhecimento”, relata a mãe.
Sofia e Bruno também buscaram ajuda no consulado brasileiro em Washington. Lá, a família foi orientada a contratar um detetive particular para auxiliar nas investigações.
“A gente conseguiu avançar com essa investigação particular, buscando literalmente peças de um quebra-cabeça, mas o investigador nunca conseguiu conversar com o detetive da polícia. A nossa sensação é que as investigações estão acontecendo em separado”, diz Sofia.
Segundo ela, só depois de quase duas semanas do desaparecimento da filha, é que a polícia começou a fazer contato diário com a família para dar seguimento ao caso.
“A minha impressão continua sendo de que a polícia está tratando o desaparecimento dela como sendo de uma menina que fugiu de casa. Não tem nenhuma prova de que ela foi sequestrada ou de que alguma coisa possa ter acontecido com ela, mas também não tem nenhuma prova que indicou o contrário”, afirma.
Número ‘inexistente’
Foto enviada por Manuela por meio de número de celular “inexistente”
Reprodução
Segundo Sofia, um dia depois do desaparecimento de Manuela, ela e o marido receberam uma mensagem de texto, afirmando que seria a jovem. Na mensagem, supostamente de Manuela, ela afirmava que estava “segura”, mas que precisava de um tempo sozinha.
Sofia conta que a polícia tentou rastrear o número, mas o resultado foi que ele era “inexistente”. No mesmo dia da mensagem, Sofia e os policiais tentaram ligar, mas Manuela não atendeu. Ela disse, por mensagem, que não queria falar, mas mandou uma foto para “provar que estava bem” (veja acima).
Buscas
A mãe de Manuela relata que fez contato com todos os amigos próximos da filha. Segundo eles, porém, a jovem não havia comentado nada sobre sair de casa. Eles sugeriram que Sofia procurasse pelo namorado de Manuela.
Sofia, que até então desconhecia o rapaz, o procurou. Mas ele negou que teria um relacionamento com Manuela e disse que eles eram apenas amigos. Ele também afirmou que a polícia já tinha o procurado, mas que ele também não tinha notícias sobre a jovem desaparecida.
Além das investigações do detetive particular e dos policiais, a família de Sofia também espalhou cartazes em locais que a jovem costumava frequentar. No entanto, ainda não receberam nenhum retorno.
LEIA TAMBÉM:
ACOLHIMENTO: ONG que acolhe venezuelanos no Brasil diz que 65% dos imigrantes conseguiram trabalho com carteira assinada
DIREITOS: Pessoas trans nas prisões do DF reclamam da falta de tratamento hormonal e dificuldade para retificar nome e gênero
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.