PF prende suspeitos de planejar emboscada contra agentes federais em terra invadida no Pará

Os alvos são denunciados por associação criminosa e roubo de gado. Três pessoas foram presas e seis estão foragidas. Polícia Federal prendeu 3 suspeitos de armar emboscada em Terra Indígena, no Pará.
A Polícia Federal prendeu três suspeitos de planejar uma emboscada contra agentes federais numa terra indígena no Pará.
Policiais federais, rodoviários federais e agentes da Força Nacional de Segurança percorreram áreas invadidas para cumprir nove mandados de prisão preventiva na Terra Indígena Apyterewa, sudoeste do Pará.
Os alvos são denunciados por associação criminosa e roubo de gado. Três pessoas foram presas e seis estão foragidas.
“São pessoas que ocupam a terra de má-fé, há pouco tempo. Não são pessoas da região. São pessoas que vieram de fora, no sentido de fazer a grilagem da terra indígena”, explica o superintendente da PF no Pará, José Roberto Peres.
Segundo as investigações, os alvos da operação criam gado ilegalmente na Terra Indígena Apyterewa e estão envolvidos em várias ações, como a destruição de pontes, por exemplo, para atrapalhar o trabalho de retirada de não indígenas da área. Também são suspeitos de planejar uma emboscada contra os agentes de fiscalização.
“O que nós levantamos até o momento leva nesse sentido de que essas lideranças contrataram profissionais para fazer a execução da emboscada… Os tiros foram concentrados, o que demonstra claramente a vontade de execução dos servidores da Funai e da Polícia Rodoviária Federal”, fala Peres.
No início da semana, três servidores da Funai e quatro policiais rodoviários federais foram atacados a tiros na Terra Indígena em três pontos diferentes da estrada. Os policiais revidaram.
Os bandidos atiraram várias vezes contra os veículos das equipes. Um servidor da Funai, atingido no tornozelo, foi operado e já recebeu alta.
O governo federal coordena uma operação desde outubro para retirar não indígenas da região, mas os invasores oferecem resistência.
A Terra Indígena Apyterewa foi a mais devastada do país nos últimos quatro anos por invasores e grileiros.
“Onde nós caçava não serve mais, não tem mais caça, não temos mais rio sadio para a gente pescar, banhar e tomar água também”, diz o líder indígena Tye Parakanã.
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