Dólar abre em baixa após inflação de novembro subir menos que o esperado


No dia anterior, a norte-americana avançou 0,15%, cotada a R$ 4,9368. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com queda de 0,14%, aos 126.916 pontos. Dólar opera em baixa
Alexander Mils/Pexels
O dólar abriu em baixa nesta terça-feira (12), com investidores começando a repercutir os dados mais recentes da inflação brasileira. Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,28%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de representar uma leve aceleração em relação à inflação de outubro, quando o indicador subiu 0,24%, o resultado veio abaixo do que era esperado pelo mercado.
O número reforça a visão de que o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne amanhã, deve promover mais um corte na Selic, taxa básica de juros, hoje em 12,25% ao ano.
Investidores também aguardam a divulgação da inflação de novembro nos Estados Unidos. Esse será o dado de inflação mais atualizado antes da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que acontece também nesta quarta-feira e define o rumo dos juros no país.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
Dólar
Às 09h05, o dólar caía 0,13%, cotado a R$ 4,9304. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana havia fechado em alta de 0,42%, vendida a R$ 4,9295. Com o resultado, passou a acumular:
alta de 0,15% na semana;
avanço de 0,44% no mês;
recuo de 6,46% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa caiu 0,14%, aos 126.916 pontos. Na mínima do dia, chegou a 126.526 pontos.
No dia anterior, o índice fechou em baixa de 0,14%, aos 126.916 pontos. Com o resultado, passou a acumular:
queda de 0,14% na semana;
retração de 0,33% no mês;
ganhos de 15,66% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O dia nos mercados é marcado, sobretudo, pelos dados de inflação.
No Brasil, a alta de 0,28% para o IPCA em novembro é menor que a projeção de 0,30% do mercado. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 4,68%, enquanto em 2023, até aqui, já subiu 4,04%. O resultado aumenta as expectativas de que a inflação deve encerrar este ano dentro da meta estabelecida pelo Banco Central do Brasil (BC), que é de 3,25% e pode oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Em novembro, o IPCA foi puxado principalmente pelo grupo de Alimentação e bebidas, que avançou 0,63%, seguido por altas também expressivas registradas em Despesas pessoas (0,58%), Habitação (0,48%) e Transportes (0,27%).
Mas o grande destaque econômico ocorre na quarta-feira, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. As projeções de mercado dão conta de um novo corte de 0,5 ponto percentual, levando os juros do país a 11,75% ao ano.
Também na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) decide o rumo das taxas de juros americanos. A grande maioria do mercado espera uma manutenção do patamar atual das taxas, entre 5,25% e 5,50% ao ano.
A inflação ao consumidor (CPI) está em 3,2% na janela de 12 meses, ainda acima da meta de 2%. Mas os investidores e especialistas passaram a prever uma política monetária um pouco mais branda na maior economia do mundo após os últimos números de inflação indicarem um maior controle dos preços.
O S&P 500 tinha pouca movimentação e o Nasdaq recuava nesta segunda-feira, mas registraram na sexta-feira seu maior fechamento desde o início de 2022, depois que dados mostraram que a abertura de vagas de trabalho nos Estados Unidos fora do setor agrícola ficou acima do esperado, reforçando as expectativas de que a maior economia do mundo possa controlar a inflação sem entrar em recessão.
O foco agora se volta para os dados do índice de preços ao consumidor na terça-feira, que devem mostrar que a inflação geral permaneceu inalterada em novembro, e para a última decisão do ano do Fed sobre a taxa de juros, na quarta-feira.
O Goldman Sachs projeta dois cortes de juros pelo Federal Reserve no próximo ano, adiantando sua expectativa para a primeira redução. Em relatório, o banco disse esperar um corte já no terceiro trimestre do ano que vem, enquanto as estimativas anteriores apontavam apenas para dezembro de 2024.
“O crescimento saudável e os dados do mercado de trabalho sugerem que os cortes de juros não são iminentes… Mas as melhores notícias sobre a inflação sugerem que os cortes de normalização poderiam ocorrer um pouco antes”, disse o economista Jan Hatzius, do Goldman Sachs, em nota.

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