Análise de água coletada na área de colapso da Lagoa Mundaú, em Maceió, passa a ser feita a cada 3 dias


Antes do afundamento da mina, monitoramento era feito a cada dois meses por pesquisadores da Ufal. Resultados das primeiras análises após colapso devem sair em 10 dias. Pesquisadores monitoram área da mina 18 que se rompeu em Maceió
Secom Alagoas
Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que fazem o monitoramento das condições da lagoa Mundaú, devem diminuir o tempo de coleta de amostras de água de dois meses para um intervalo de três dias, após a mina da Braskem, que fica no Mutange, se romper na tarde deste domingo (10).
O período de acompanhamento passa a ser menor para que os estudiosos possam avaliar os impactos ambientais com o colapso da mina.
“Elas [as amostras] vão ser analisadas para que possamos ter respostas sobre o impacto e os riscos ao meio ambiente com o intuito de averiguarmos a situação da região, se há contato de produtos da mina, da sal-gema com a água da lagoa e claro, verificar os efeitos desses compostos, caso ocorra de saírem em direção a água, se isso realmente vai causar algum dano”, explicou o pesquisador e professor Emerson Soares, que coordena o projeto Laguna Viva
Horas após a mina 18 se romper, por volta das 13h15 do domingo, técnicos da Defesa Civil estadual e o próprio pesquisador, sobrevoaram a área e coletaram as primeiras amostras pós colapso. O resultado deve sair em até 10 dias.
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O Ministério Público Federal em Alagoas (MPF-AL) vai solicitar um novo estudo de impacto ambiental na região.
“Uma das cláusulas que nós inserimos no acordo ambiental foi que, em havendo situação de ruptura, seria demandado um novo estudo para avaliação dos impactos ambientais e isso deve ser feito em 90 dias. Então a gente dá início a esse processo”, explicou Roberta Bonfim, procuradora do MPF.
Procuradora da República fala sobre os novos acordos previstos após rompimento da mina
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A lagoa Mundaú divide os municípios de Maceió, Coqueiro Seco e Marechal Deodoro, onde encontra a lagoa Manguaba. Juntas, elas formam o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM), um dos ambientes mais representativos do litoral alagoano.
A mina que se rompeu é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, e parte dela fica sob a lagoa. Parte da água da lagoa foi escoada para a cratera formada pela mina.
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