‘Mulheres Fantásticas’: conheça a história da Txai Suruí, líder indígena e ativista brasileira que foi ouvida pelas maiores lideranças do planeta

Na linha de frente contra o desmatamento, Txai Suruí viu os pais serem ameaçados de morte. Hoje é uma das maiores lideranças indígenas do nosso país. ‘Mulheres Fantásticas’ entrevista Txai Suruí, uma das mais jovens lideranças indígenas brasileiras
Neste domingo (10), o Fantástico traz no novo episódio de “Mulheres Fantásticas” a força de Txai Suruí, uma ativista indígena que tem feito o mundo ver e ouvir o alerta dos povos indígenas brasileiros em defesa da Floresta Amazônica.
A jovem invocou a sabedoria de seus ancestrais num discurso histórico e foi ouvida pelas maiores lideranças do planeta.
“Meu nome é Txai Suruí. Eu tenho apenas 24 anos, mas meu povo mora na Floresta Amazônica há pelo menos 6 mil anos. A Terra está falando. Ela avisa que a gente não tem mais tempo”, disse Txai no seu discurso na COP26.
Pintada de coragem, vestida de orgulho, ali a vida de Txai Suruí se transformou.
“Hoje as nossas armas são as as palavras, é a informação. É a câmera, não é mais o arco e a flecha”, destaca.
Txai é coordenadora da organização Kanindé, voluntária da ONG Engajamundo, conselheira do Movimento Juvenil Indígena de Rondônia, da WWF, do Pacto Global da ONU. Foi essa grandiosidade de trabalhos que a levou à COP26.
“Eu fiquei nervosa, com certeza, fiquei muito nervosa. Primeiro porque eu ainda não tinha domínio do inglês. Então eu tive que treinar os dois dias para conseguir falar a pronúncia correta. E eu estava com uma responsabilidade muito grande ali, não só de representar o meu povo, mas de representar os povos indígenas do Brasil.”
Questionada, ela diz sobre quando teve a dimensão do quanto a sua voz ecoou. “Só naquele mês foram mais de três mil citações em jornais no mundo inteiro. Do meu nome. Três mil! É muita coisa”, diz.
Por fim, Txai fala sobre como mantém a esperança.
“A esperança vem quando eu olho, por exemplo, para minha mãe, para o meu pai que tão lutando do meu lado, pros meus irmãos, meus jovens. Quando eu vejo os curumim também, que é esperança. Esperança da continuidade da luta mesmo, né? Palavras são como flechas. Mas para você lançar uma flecha, você tem que puxar o arco. Esse puxar o arco é quando a gente retorna para o nosso território. Daqui que eu tiro a força, para que a minha palavra chegue ainda mais longe”.
Veja a entrevista completa na reportagem em vídeo acima.
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