Imagens inéditas mostram como ladrões se organizam para atacar pedestres e motoristas nas ruas do Rio de Janeiro e de São Paulo


Um trabalhador de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi assaltado quatro vezes em dois meses. Em São Paulo, um bar foi vandalizado depois de uma tentativa de assalto. Imagens inéditas mostram como ladrões se organizam para atacar pedestres e motoristas
Uma sensação de insegurança tomou conta do Rio de Janeiro e de São Paulo. Imagens inéditas revelam como ladrões se organizam para atacar pedestres e motoristas nas duas capitais.
As cenas de violência se tornaram comuns em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Esta semana, um caso chamou a atenção de todo o país: ao tentar defender uma mulher que estava sendo assaltada, o empresário Marcelo Benchimol foi roubado e brutalmente agredido.
O segurança patrimonial Davi Francisco da Cruz trabalha em Copacabana, e só nos últimos dois meses, foi assaltado quatro vezes.
“Quando meu ônibus estava vindo, eu ainda fiz sinal. Eles foram e falaram passa esse celular, senão vou te cortar. Eles aproximaram com um estilete de papel ofício na mão, e estavam com estilete e ameaçaram me cortar”, contou.
Segundo Davi, o policial que o atendeu disse para ele pedir para a empresa em que trabalha para mudar de horário ou procura um lugar movimentado. “Como é que vou pegar um lugar movimentado, se todo lugar que tem aqui em Copacabana, tem assalto”, disse Davi. Com medo, ele pediu transferência.
Assaltos em Copacabana
Reprodução/Fantástico
Justiceiros
Os casos de violência da última semana, em Copacabana, motivaram a formação de grupos que se autointitulam “Justiceiros”. Eles resolveram se organizar para reprimir quem for suspeito de roubo ou furto na região.
Jacqueline Muniz, especialista em Segurança Pública, explica as consequências para a sociedade sobre esse tipo de comportamento.
“Acontece que o protetor justiceiro vigilante de hoje será o seu miliciano, opressor, achacador de amanhã, que vai cobrar taxa de vida. Quais são os alvos privilegiados dessa lógica do terror: a população jovem, preta, periférica.”, explicou.
Uma empresa de segurança privada com clientes no Rio, registra todos os dias casos como o do Davi. Só na Zona Sul, são mais de três mil câmeras em funcionamento, a maior parte delas no Leblon, Copacabana e Ipanema. Em um flagrante enviado pela empresa ao Fantástico é possível ver quando uma mulher é roubada na porta de casa, no início da manhã.
Segundo Victor Santos, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, uma das ações de curto prazo é a intensificação da presença dos policiais nas ruas.
“Presença na rua, abordagem por fundada suspeita e abordagem por proximidade. É isso que a gente acredita que vá melhorar essa sensação de insegurança”
Roubos em São Paulo
Na região Central de São Paulo entre janeiro e outubro de 2022 foram registradas 18.502 ocorrências de roubos. No mesmo período deste ano, foram 18.228, 274 a menos.
Em um flagrante, um bandido se aproveita que o vidro do carro está aberto para roubar o celular do passageiro. E pedestres também são alvo: um homem é cercado por um grupo e é roubado.
Na sexta-feira (08), a repórter da Globo Juliane Massaoka sofreu uma tentativa de assalto na Avenida Paulista, enquanto fazia uma entrada ao vivo para o programa Encontro. Neste sábado (09), a deputada federal Tabata Amaral também sofreu uma tentativa de assalto.
Foi justamente uma tentativa de roubo de celular que provocou uma confusão em frente a um dos bares mais tradicionais de São Paulo. Segundo testemunhas, três homens passavam em frente ao bar quando um ladrão levou o celular de um deles.
O Fantástico teve acesso a um vídeo exclusivo que mostra o momento em que a vítima do roubo e os dois amigos conseguiram alcançar o bandido. Eles começam a dar socos e chutes no ladrão e as agressões continuam dentro do bar. Segundo o dono do bar, o ladrão retornou, desta vez acompanhado e o grupo apedrejou o estabelecimento.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo disse que desde o começo do ano recebeu um reforço de 120 policiais militares e que mais de 5.400 criminosos foram presos no Centro de São Paulo. Sobre o caso da deputada federal, Tabata Amaral, a Polícia Civil vai continuar com as investigações. O episódio envolvendo a repórter Juliane Massaoka, do programa Encontro, também está sendo investigado.

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