Luiza Helena Trajano incentiva população a denunciar violência contra a mulher: ‘É para salvar’


Empresária participou de ato do Grupo Mulheres do Brasil em Franca (SP) para pedir fim dos crimes e conscientizar sociedade sobre a importância de relatar casos às autoridades. Luiza Helena Trajano em caminhada em Franca, SP, pelo fim da violência contra a mulher
Carlos Trinca
A empresária Luiza Helena Trajano participou em Franca (SP) de uma caminhada de mobilização para um basta na violência contra a mulher. A ação foi organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, criado em 2013 com o objetivo de discutir melhorias para a sociedade e que tem a dona do Magazine Luiza como presidente.
Luiza Helena afirmou que as denúncias são a parte mais importante no processo de prevenção ao feminicídio.
“No Brasil, temos a Lei Maria da Penha que é um espetáculo, eu conheço lei no mundo inteiro e essa é uma das melhores. Então é fazer a lei ser cumprida. A denúncia não é para prender o companheiro, mas para salvar a mulher. É isso que a gente tem que ver. Temos muitas formas de denunciar e dar certo. É anônimo, minha gente. Viu algum caso desse? Denuncie.”
Os casos de feminicídio aumentaram 34% no primeiro semestre de 2023 no estado de São Paulo em comparação ao mesmo período de 2022, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
De janeiro a junho deste ano, foram registrados 111 casos de assassinatos de mulheres, sendo que em 2022, foram 83.
Os casos de ameaças contra mulheres também cresceram, passando de 29.313 registros em 2022 para 48.728, alta de 66%.
Manifestação em Franca, SP, pede fim da violência contra as mulheres
Segundo Luiza Trajano, a caminhada busca chamar atenção das pessoas para o problema e para ajudar a salvar vidas.
“Quando você leva para a rua, você deixa claro que não é uma coisa boa para ninguém (…) Matar não é uma coisa boa pra ninguém. Ninguém ganha. Eu acompanho de perto famílias que perderam seus entes, filhos, filhas que perderam. É muito triste pra todo mundo, para os filhos, a família do companheiro, a família dela, então por isso acho que a sociedade tem que estar junta, pra que a gente não tenha isso tão perto de nós.”
Poder público
A deputada Delegada Graciela (PL) também esteve na caminhada e destacou políticas públicas que têm sido trabalhadas evitar novos casos de violência. Segundo ela, a melhor estruturação das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) é um ponto relevante no trabalho do poder público.
“Tenho dois projetos apresentados na Assembleia Legislativa de SP, sancionados pelo governador, que é o Viva Melhor e o Belas Empenhadas. Hoje estou trabalhando na frente parlamentar pra que a gente possa estruturar a DDMs. É importante focar nisso porque cada passo vai melhorar para as novas gerações para construir uma sociedade melhor.”
Luiza Helena Trajano em caminhada em Franca, SP, pelo fim da violência contra a mulher
Carlos Trinca
Desde setembro deste ano, em São Paulo (SP), o estado passou a monitorar acusados de violência doméstica por meio de tornozeleiras eletrônicas. A ação, de acordo com a deputada, ajuda no cumprimento das medidas protetivas expedidas pela Justiça.
“Que a medida protetiva seja realmente executada e fiscalizada, que é o que o secretário de Segurança Pública está fazendo, o monitoramento eletrônico. A Patrulha Maria da Penha que ajudamos a mobilizar, esses movimentos de dizer não à violência. Leis boas nós temos, basta que elas sejam aplicadas.”
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