No mês de novembro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mensura a inflação oficial do país, apresentou uma variação de 0,28%, conforme divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este índice representa um acréscimo de 0,04 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 0,24%.
No acumulado do ano, a inflação atingiu 4,04%, enquanto nos últimos 12 meses a variação foi de 4,68%. As expectativas de analistas, conforme indicado pela pesquisa da Reuters, apontavam para uma alta de 0,30% no mês.
Alimentos e habitação como principais vilões
Entre os grupos analisados, alimentos e bebidas apresentaram a maior variação em novembro, registrando um aumento de 0,63%, com impacto expressivo de 0,13 ponto percentual.
André Almeida, gerente do IPCA, atribuiu esse aumento às condições climáticas adversas, afetando principalmente tubérculos, legumes e hortaliças. Itens como cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%) lideraram as altas.
O grupo de Habitação também teve destaque, com uma alta de 0,48%, influenciado por reajustes em serviços públicos. A energia elétrica residencial, por exemplo, fechou o mês com um aumento de 1,07%, sendo impactada pelos reajustes em áreas específicas.
Comportamento Setorial
A inflação por grupos em novembro apresentou variações distintas, com alguns setores registrando quedas. O segmento de Alimentação e Bebidas liderou as altas com 0,63%, enquanto Artigos de Residência e Vestuário apresentaram quedas de -0,42% e -0,35%, respectivamente.
Em relação à alimentação fora do domicílio, houve um aumento de 0,32%, demonstrando uma desaceleração em relação ao mês anterior. Os grupos de Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Pessoais, Educação e Comunicação também tiveram variações.