Assassinato de suspeito de ser braço direito do ‘Pablo Escobar brasileiro’ é registrado por câmeras de segurança


‘Xirú’, como era conhecido, foi executado em um estacionamento. Ele era suspeito de atuar com ex-PM ‘Major Carvalho’ em um mega-esquema de tráfico de drogas. Assassinato de suspeito de ser braço direito do ‘Pablo Escobar brasileiro’ é registrado po
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento que Rodrigues Boeira, conhecido como “Xirú”, foi morto a tiros nesta terça-feira (12), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Xirú era suspeito de atuar como “braço direito” do ex-PM de Mato Grosso do Sul Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como “Major Carvalho” ou “Pablo Escobar brasileiro”, em uma mega-esquema de tráfico de drogas.
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O caso aconteceu dentro de um estacionamento. A vítima estava chegando ao local, de acordo com a polícia.
As imagens mostram que um motociclista se aproxima de Xirú apontando uma arma. Os dois parecem discutir rapidamente e, logo após, disparos são feitos. A vítima cai no chão, enquanto outras pessoas que estavam no local correm.
Segundo a polícia, o atirador fugiu em seguida. Até a última atualização desta reportagem, ele não tinha sido identificado.
Rodrigo Xirú foi assassinado em estacionamento de São José dos Pinhais
Reprodução
Ainda de acordo com a polícia, Xirú usava tornozeleira eletrônica e dirigia um veículo alugado no momento do crime.
Um passageiro que estava junto com a vítima fugiu após o ataque e não foi identificado.
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Rodrigo Xirú
Reprodução
Quem é o ‘Pablo Escobar brasileiro’
Conhecido como “Major Carvalho”, o ex-PM de Mato Grosso do Sul Sérgio Roberto de Carvalho está preso na Hungria desde o ano passado. Segundo a Polícia Federal, até ser detido, ele tinha enviado para a Europa 50 toneladas de cocaína ao longo de cinco anos.
Além de aviões, o esquema do Pablo Escobar brasileiro também usava navios. Em um telefonema monitorado pelos investigadores, Major Carvalho fala sobre o risco de a carga de cocaína ser descoberta.
Pablo Escobar brasileiro: Investigação desarticula quadrilha que pretendia enviar 350 kg de cocaína para Europa
Quem conversa com Major Carvalho ao telefone é Rodrigo Rodrigues Boeira, o “Xiru”, morto nesta terça-feira (12) no Paraná.
“Vai daí direto pra Europa, são 13 dias. E o outro vai demorar 30 dias, ainda vai ficar parado no Rio de Janeiro, um tempão pros cachorros ficar cheirando lá”.
Em outubro de 2021, a Polícia Civil do Espírito Santo apreendeu um caminhão, em Cachoeiro do Itapemirim, no sul do estado, que transportava 350 quilos de cocaína.
A Polícia Federal assumiu a investigação e descobriu que o plano da quadrilha era esconder a droga em placas de granito. A carga seria colocada em contêineres e seguiria do Porto de Guarapari para o porto de Le Havre, na França.
“Chamou atenção, no decorrer das investigações, foi uma nota fiscal que nós encontramos da aquisição de um fuzil calibre 762. Essa arma, ela foi comprada por um dos integrantes do grupo, o integrante que tinha contato direto com o Major Carvalho, que era a liderança do grupo no Brasil”, explicou Victor dos Santos Baptista, chefe da delegacia de repressão a drogas – PF/ES.
Quem tinha contato direto com o Major Carvalho era Xiru, o homem do telefonema. Ele e mais quatro traficantes foram presos em fevereiro na operação Chapa Branca.
A Polícia Federal descobriu 18 armas com os acusados, 17 delas compradas legalmente. Seis, inclusive um fuzil, estavam com Xiru.
São armas que normalmente são usadas pelas Forças Armadas e por unidades especializadas das polícias civil, militar e federal. Um fuzil como esse pode atingir um alvo a mais de um quilômetro de distância.
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