1ª usina de briquete de minério do mundo no ES: Mais de 30 empresas já têm interesse no produto feito na Vale


Maioria dos interessados é da Europa e do Oriente Médio, mas houve pedidos de clientes de todo o mundo, inclusive do Brasil, garantindo a demanda por mais de um ano. Planta de briquete da Vale, no Complexo de Tubarão, em Vitória (ES)
Rafael Carvalho/Vale/Divulgação
Mais de 30 empresas globais já demonstraram interesse em receber carregamentos do briquete de minério de ferro, em 2024, cuja primeira fábrica do produto no mundo acaba de ser inaugurada no Tubarão, em Vitória, nesta terça-feira (12).
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Por se tratar de um produto inovador, a produção dos dois primeiros anos será destinada a testes nas instalações desses clientes. A maioria dos interessados é da Europa e do Oriente Médio, mas houve pedidos de clientes de todo o mundo, inclusive do Brasil, garantindo a demanda por mais de um ano.
A planta é da Vale e, de acordo com a mineradora, o briquete poderá reduzir em até 10% as emissões de gases de Efeito Estufa (GEE) no alto-forno ou possibilitar, no futuro, a produção de aço de zero emissão, quando o hidrogênio verde estiver disponível.
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No próximo ano, as duas plantas instaladas em Tubarão vão produzir cerca de 2,5 milhões de toneladas. A produção crescerá gradativamente até atingir os 6 milhões de toneladas por ano.
Área da Vale no Complexo de Tubarão, em Vitória
Reprodução/TV Gazeta
“Estamos oferecendo um produto que apoiará nossos clientes, os fabricantes de aço, a se adequarem às metas de redução de emissões que estão sendo adotadas por governos em todo o mundo, contribuindo para o combate à mudança climática”, disse o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.
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“Além disso, estamos induzindo a neoindustrialização do Brasil, que será baseada na indústria de baixo carbono, e cumprindo mais uma vez a vocação da Vale de âncora do desenvolvimento regional”, reiterou.
“O interesse demonstrado pelos clientes nos deixa confiantes de que o briquete veio para revolucionar a produção de aço”, explicou o vice-presidente executivo de Soluções de Minério de Ferro, Marcello Spinelli.
Os testes com carga na primeira planta tiveram início em agosto e apresentaram bons resultados, possibilitando o início da operação da primeira planta ainda em 2023. Uma segunda planta em Tubarão tem inauguração prevista para o início do próximo ano. Juntas, terão capacidade de produzir 6 milhões de toneladas por ano – resultado de um investimento de R$ 1,2 bilhão e que gerou 2.300 empregos no pico das obras.
“A descarbonização da siderurgia se dará em etapas. Na primeira, nossos clientes estão buscando formas de aumentar a eficiência operacional na rota de alto-forno, reduzindo o gasto de energia e, consequentemente, diminuindo emissões de CO2. Nesse estágio, o briquete já faz diferença. E na etapa final, quando o hidrogênio verde estiver disponível, o briquete contribuirá para a produção de aço de zero emissão, o que será feito por meio da rota de redução direta, considerada mais ‘limpa’ que a do alto-forno”, frisa
O briquete é produzido a partir da aglomeração a baixas temperaturas de minério de ferro de alta qualidade utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes, que confere elevada resistência mecânica ao produto final. Anunciado pela Vale em 2021, o produto emite menos particulados e gases como dióxido de enxofre (SOX) e o óxido de nitrogênio (NOX) quando comparado aos processos tradicionais de aglomeração, além de dispensar o uso da água em sua fabricação.
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