Após escândalo e possível cassação, vereador Mauricinho pode ser expulso do MDB

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O MDB (Movimento Democrático Brasileiro) de Joinville estuda a expulsão do vereador Mauricinho Soares do partido. A decisão está em debate por conta da prisão do parlamentar, que é investigado por participar de esquema de fraude no Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Mauricinho Soares foi eleito pelo MDB – Foto: CVJ/Divulgação/ND

Segundo o deputado e presidente do diretório do MDB em Joinville, Fernando Krelling, para encaminhar a expulsão de um membro, o estatuto do partido exige que o filiado passe por uma Comissão de Ética. Uma reunião para discutir a pauta já foi marcada para esta semana.

“Se eu tivesse essa ossada acima do estatuto faria a expulsão hoje porque não compactuo com as atitudes do vereador. Que ele responda com o CPF dele, o CNPJ do partido não tem nada a ver com isso”, opina Krelling.

Com a Comissão de Ética instaurada, Mauricinho terá direito a defesa e, após análise, o partido delibera sobre a expulsão. Porém, Krelling afirma que a probabilidade de sair do MDB é grande. “MDB não compactua com esse tipo de atitude. Jamais vai passar a mão na cabeça de quem faz coisas erradas, ilícitas”, afirma o deputado.

Além da possível expulsão do partido, Mauricinho poderá ter o mandado de vereador cassado. Nesta segunda-feira (11), a Câmara de Joinville aprovou a criação de uma comissão processante que irá avaliar a saída do parlamentar da Casa.

Votação aconteceu nesta segunda-feira (11) – Foto: Marcio Falcão/ND

A investigação contra o vereador

Mauricinho Soares (MDB) foi preso na última sexta-feira (8) suspeito de participar de um esquema de fraude no Detran. Após o fim das investigações, o parlamentar poderá responder por falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa.

Vereador Mauricinho foi preso na sexta-feira (8) – Foto: ND

Segundo as investigações, os suspeitos  montaram um esquema que permitiu a inserção de um grande número de informações falsas nos sistemas do Detran, permitindo que mais de 100 motoristas fossem liberados indevidamente de penalidades aplicadas contra eles.

“Pode-se dizer que ele era um dos principais articuladores. Se utilizando da posição política dele, o vereador cooptava pessoas que tinham interesse nos serviços ilícitos”, explicou o delegado Pedro Alves, da 3ª Decor (Delegacia Especializada no Combate à Corrupção), responsável pelas investigações.

O vereador era quem fazia os contatos entre os motoristas  e um ex-funcionário terceirizado do Detran, que também está preso. A partir das investigações, também foram presos por envolvimento no esquema um despachante e um funcionário temporário do Detran.

Agora, a Polícia Civil investiga se há mais envolvidos no esquema e se os motoristas pagaram pelos serviços fraudulentos. Se comprovado o pagamento, os motoristas também responderão criminalmente.

A reportagem do Grupo ND entrou em contato com o advogado que cuidava inicialmente da defesa do vereador, mas ele afirmou que não está mais responsável pelo caso e não soube informar quem assumiu a função em seu lugar.

Até o fechamento desta matéria, não foi possível localizar a nova defesa de Mauricinho, mas o espaço permanece aberto para manifestação.

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