Delegado disse que fogo pode ter iniciado por uma ação humana. Laudo não indicou local exato onde começou o incêndio e investigação continua. Polícia conclui perícia de incêndio que matou cinco trabalhadores em canavial
A perícia concluiu que o vento ajudou a espalhar o incêndio que matou cinco trabalhadores no canavial usado por uma usina em São Simão, no sudoeste goiano. A informação foi divulgada pelo delegado Márcio Marques, responsável pela investigação do caso, que ainda continua.
“O laudo de perícia do local não conseguiu determinar onde exatamente começou o fogo. Constatou-se que o vento foi a principal causa de ter espalhado o fogo rapidamente. E que, provavelmente, o fogo tenha se iniciado por uma ação humana”, explicou o delegado.
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Apesar da indicação de que o fogo pode ter sido causado intencionalmente, o delegado afirmou que não é possível afirmar que foi algo “de propósito”. Segundo Márcio, a polícia vai interpretar o laudo e colher novos depoimentos.
“Alguém pode ter passado e jogado uma bituca de cigarro, por exemplo. O próprio calor de algum objeto que tenha sido arremessado. E também alguém que tenha posto fogo de forma intencional”, ponderou o delegado.
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Para não atrapalhar o decorrer da investigação, o delegado informou que a polícia não irá divulgar mais detalhes do laudo. O inquérito ainda não foi finalizado.
Vítimas
Jose Ilton Francisco Luiz, Aldo Batista Da Silva, José Cicero Da Silva, Arlindo Beto Rodrigues Sobrinho e Marcos De Lima Souza, vítimas de incêndio em São Simão
Montagem/g1
Os trabalhadores que morreram no incêndio tinham entre 31 e 49 anos. Quatro deles morreram no local e um chegou a ser encaminhado ao hospital, com cerca de 90% do corpo queimado, mas não resistiu. Veja abaixo quem são, segundo a confirmação da Polícia Civil:
José Ilton Francisco Luiz, 45 anos;
Aldo Batista Da Silva, 31 anos;
José Cicero Da Silva, 49 anos;
Arlindo Beto Rodrigues Sobrinho, 46 anos;
Marcos De Lima Souza, 36 anos.
Além dos cinco mortos, outros dois trabalhadores ficaram feridos. Eles foram atendidos, medicados e liberados, segundo a polícia.
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Incêndio
Os bombeiros divulgaram que o incêndio começou por volta das 15h no dia 19 de outubro deste ano, se espalhou por conta do vento forte e à alta temperatura. Testemunhas contaram à corporação que a usina usou quatro caminhões-pipa para controlar as chamas.
Incêndio deixa mortos e feridos em canavial de usina em São Simão, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
À PM, os responsáveis pela empresa prestadora de serviço no local, disseram que não sabiam ao certo a origem das chamas, mas que o fogo tomou conta de cerca de 400 hectares.
As chamas acabaram com a palhada de cana e diversos maquinários usados nos trabalhos, incluindo tratores, caminhões, ônibus e colhedeiras.
Na época do incêndio, as empresas que operam no local lamentaram o ocorrido.
Nota Aguapeí Agroenergia
A STA e a Rio Canas, fornecedores da Aguapeí Agroenergia, prestaram apoio integral às famílias dos cinco falecidos no incêndio.
O laudo da perícia da Polícia Técnico-Científica de Rio Verde foi inconclusivo em relação à origem do fogo, sem identificação específica de causa.
O compromisso da Aguapeí Agroenergia com a segurança dos colaboradores, diretos ou indiretos é imperativo para a empresa. Assim como para os fornecedores STA, Rio Canas e outros.
Nesse sentido, já atuávamos sob os mais modernos e eficientes protocolos para prevenção e combate a incêndios. Inclusive com treinamentos frequentes.
Reiteramos nossa solidariedade e condolências aos familiares das vítimas.
Incêndio deixa mortos e feridos em canavial de usina em São Simão, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
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