Em carta entregue ao Legislativo do município, Aristeu André Caron alegou razões de “cunho estritamente pessoal”. No lugar de Caron, assume, em definitivo, a suplente Gioconda Carla Dal Ponte. A presidência da Casa fica com Luis Carlos Comiotto. Aristeu André Caron (PTB) será investigado por tentativa de homicídio após supostamente dar tiro no rosto de um homem
Divulgação/Câmara de Vereadores de Veranópolis
O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Veranópolis, na Serra do Rio Grande do Sul, Aristeu André Caron (PRD, ex-PTB), renunciou ao cargo de parlamentar no município. Ele estava afastado das funções desde setembro, devido a um pedido de licença médica, após supostamente ter dado um tiro no rosto de um homem. O político foi denunciado pelo Ministério Público (MP-RS) por tentativa de homicídio.
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A renúncia foi protocolada no dia 4 de dezembro, mas a Câmara de Veranópolis só tornou a informação pública na manhã desta segunda-feira (11). Em carta entregue ao Legislativo, Caron alegou razões de “cunho estritamente pessoal” para a desistência do mandato.
No lugar de Caron, assume a suplente Gioconda Carla Dal Ponte (PTB). A presidência da Casa fica com Luis Carlos Comiotto (PDT).
Presidente da Câmara de Vereadores de Veranópolis é preso preventivamente
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 20 de setembro, quando o homem, que é caminhoneiro, fazia a entrega de uma carga de frutas em uma distribuidora de propriedade do vereador.
Segundo a Polícia Civil, o político atirou contra o rosto do caminhoneiro, jogou a arma fora e se entregou para uma equipe da Brigada Militar (BM), que atendia o caso.
De acordo com o delegado Tiago Baldin, responsável pela investigação, o motivo da desavença teria sido extorsão. A Polícia Civil afirma que a vítima exigia do parlamentar valores superiores ao combinado pela entrega.
Caron foi preso em flagrante, e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça pouco tempo depois. Hoje, ele responde pelo crime em liberdade, pois a Justiça concedeu liberdade provisória após audiência de custódia em que seus advogados apresentaram um habeas corpus.
O alvo do tiro chegou a ser internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital em Caxias do Sul e recebeu alta após duas semanas de tratamento. Em 7 de outubro, ele foi para casa. Segundo a advogada, ele apresenta sequelas, como a falta de movimento em um dos braços.
Em novembro, o Ministério Público denunciou Caron por tentativa de homicídio.
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