Um inusitado encontro com um verme cabeça-de-martelo na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, agitou as redes sociais, despertando curiosidade e, para alguns, até mesmo certo pânico. O fenômeno foi registrado em um vídeo compartilhado no Instagram pelo biólogo Fabiano Soares, que já acumula mais de 115 mil visualizações.
O biólogo Fabiano Soares alerta que o verme cabeça-de-martelo é tóxico e raro – Foto: @biologo.zero/Instagram/Reprodução/ND
“Imagina que tu entras no banheiro para tomar um banho e se depara com um bicho desses?”, provoca o biólogo. A espécie trata-se de um Bipalium, conhecido como verme cabeça-de-martelo, que tem a notável capacidade de regeneração. Se cortado, o verme é capaz de se regenerar, e a partir de um único indivíduo podem surgir vários.
O biólogo Fabiano Soares alerta que o verme cabeça-de-martelo é tóxico e raro. Essa espécie possui a capacidade de produzir tetrodotoxina, uma neurotoxina que interrompe a sinalização dos neurônios para os músculos. Essa substância também é encontrada em animais como baiacus e polvos de anéis azuis.
Além de adoecer os animais de estimação se eles comerem os vermes, o contato direto pode causar irritação da pele em humanos. Os efeitos podem ser mais graves se as toxinas entrarem no corpo por meio de um corte. Algumas espécies não têm mais de 2,5 centímetros de comprimento, enquanto outras medem até 38 centímetros.
Normalmente encontrado em ambientes de solo úmido, como sob folhas, pedras ou detritos, o verme é nativo de áreas tropicais e subtropicais do continente asiático. No entanto, já foi identificado em diversas regiões, incluindo os Estados Unidos e alguns países europeus e agora no Brasil, no Rio Grande do Sul.
O fenômeno foi registrado em um vídeo compartilhado no Instagram pelo biólogo Fabiano Soares – Vídeo: @biologo.zero/Instagram/Reprodução/ND
Como lidar com o verme cabeça-de-martelo?
Para lidar com essa espécie, o Departamento de Proteção Ambiental de Nova Jersey (EUA) recomenda medidas específicas. Caso seja necessário erradicar esses animais de quintais, é indicado aplicar sal, ácido bórico, vinagre ou óleo cítrico diretamente sobre o verme.
Em situações em que seja necessário manipular a espécie, é aconselhável o uso de luvas como medida de precaução, como informa o biólogo.
