Fraude no Detran: “Vereador era um dos principais articuladores”, diz delegado

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Preso na última sexta-feira, o vereador de Joinville Mauricinho Soares (MDB) foi apontado como um dos principais articuladores de um esquema de fraude no Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (11), a Polícia Civil detalhou o esquema investigado pela Operação Profusão.

A operação analisou conteúdos de celulares e documentos apreendidos no gabinete e na residência do vereador, como também em outros endereços dos demais envolvidos no esquema.

A partir daí, foram reunidos “elementos contundentes” da participação de Mauricinho Soares no esquema de fraude no Detran.

“Pode-se dizer que ele era um dos principais articuladores. Se utilizando da posição política dele, o vereador cooptava pessoas que tinham interesse nos serviços ilícitos”, explicou o delegado Pedro Alves, da 3ª Decor (Delegacia Especializada no Combate à Corrupção), responsável pelas investigações.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (11), a Polícia Civil falou sobre o esquema de fraude no Detran investigado pela Operação Profusão

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (11), a Polícia Civil falou sobre o esquema de fraude no Detran investigado pela Operação Profusão – Foto: Isabela Corrêa/NDTV

O vereador era o elo entre os motoristas e um ex-funcionário terceirizado do Detran, que também está preso. A partir das investigações, também foram presos por envolvimento no esquema um despachante e um funcionário temporário do Detran.

Esquema de fraude no Detran envolveu mais de 100 motoristas

Os suspeitos montaram um esquema que permitiu a inserção de informações falsas nos sistemas do Detran. As informações fizeram com que mais de 100 motoristas fossem liberados de penalidades. Os dados fraudulentos foram encontrados entre novembro de 2022 até agora na deflagração da operação.

Mauricinho Soares foi detido por posse ilegal de arma de fogo em 30 de novembro, durante as investigações da Operação Profusão. Na ocasião, a defesa do vereador de Joinville classificou a prisão como uma intriga política.

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