O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (21) para Nova York, onde representará o Brasil na abertura da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A visita ocorre em meio a um cenário de tensões diplomáticas com o governo norte-americano de Donald Trump, que impôs restrições à comitiva brasileira.
A participação do presidente brasileiro começa oficialmente na segunda-feira (22), em uma conferência promovida pela França e pela Arábia Saudita para discutir alternativas diplomáticas ao conflito em curso em Israel.
Na terça-feira (23), Lula será o primeiro chefe de Estado a discursar na abertura da Assembleia — tradição mantida pelo Brasil desde 1947. A expectativa é de que o presidente defenda a soberania nacional, reforce o compromisso com o combate à fome e faça acenos indiretos às recentes divergências com Washington.
Democracia e diplomacia
A agenda segue na quarta-feira (24) com a presidência, ao lado dos mandatários do Chile e da Espanha, do evento “Em Defesa da Democracia”, que ocorre paralelamente à Assembleia. O encontro terá como eixos o combate ao extremismo político, à desinformação e a necessidade de fortalecimento institucional em âmbito internacional.
Lula viaja acompanhado do chanceler Mauro Vieira. Já o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, teve a ida cancelada após receber um visto com restrições de circulação. Segundo o governo brasileiro, a limitação foi imposta pelas autoridades americanas devido ao envolvimento de Padilha na formulação do programa Mais Médicos, ainda no governo Dilma Rousseff.

